quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Adriano - Outra história de Anjo

Esta primeira história eu recebi via e-mail.
Eram aproximadamente 22:00 horas quando um jovem começou a se dirigir para casa.
Enquanto dirigia pela rua principal da cidade, ele teve um pensamento muito estranho: "Pare e compre um litro de leite" Ele balançou a cabeça e falou alto: "Deus? É o Senhor?". Ele não obteve resposta e continuou dirigindo-se para casa.
Porém, novamente, surgiu o pensamento:"Compre um litro de leite". "Muito bem, Deus! No caso de ser o Senhor, eu comprarei o leite". Isso não parecia ser um teste de obediência muito difícil......ele poderia também usar o leite. O jovem parou, comprou o leite e reiniciou o caminho de casa.
Quando ele passava pela quarta rua, novamente ele sentiu um pedido: "Vire naquela rua". Isso é loucura......ele pensou e, passou direto. Novamente ele sentiu que deveria ter virado na quarta rua... No retorno seguinte, ele virou e dirigiu-se pela quarta rua. Meio brincalhão, ele falou alto:
"Muito bem, Deus. Eu farei". Ele passou por algumas quadras quando de repente sentiu que devia parar. Parou o carro e olhou em volta. Era uma área mista de comércio e residência......não era a melhor área, mas também não era a pior da vizinhança. Os estabelecimentos estavam fechados e a maioria das casas estavam escuras, como se as pessoas já tivessem ido dormir, exceto uma do outro lado que estava acesa.
O jovem olhou a casa e começou a abrir a porta do carro mas voltou a sentar-se. "Senhor, isso é loucura. Como posso ir para uma casa estranha no meio da noite?". Pensou... Finalmente, ele abriu a porta......
"Muito Bem, Deus, se o Senhor quer que eu pareça uma pessoa louca, muito bem, eu irei e entregarei o leite àquelas pessoas." Acho que isso vai servir para alguma coisa, contudo, se eles não responderem imediatamente, eu vou embora daqui'.
Ele atravessou a rua e tocou a campainha. Ele pôde ouvir um barulho vindo de dentro, parecido com o choro de uma criança. A voz de um homem soou alto:"Quem está aí? O que você quer?"A porta se abriu antes que o jovem pudesse fugir. Em pé, estava um homem vestido de jeans e camiseta. Ele tinha um olhar estranho e não parecia feliz em ver um desconhecido em pé a sua porta.
"O que quer?'. O jovem entregou-lhe o galão de leite."Comprei isto para vocês". O homem pegou o leite e correu para dentro falando alto. Depois, uma mulher passou pelo corredor carregando o leite e foi para a cozinha. O homem a seguia segurando nos braços uma criança que chorava. Lágrimas corriam pela face do homem e, ele começou a falar, meio soluçando:"Nós oramos. Não tínhamos mais o que dar de comer ao nosso filho. Apenas orei e pedi a Deus que me mostrasse uma maneira de conseguir leite". Sua esposa gritou lá da cozinha:"Pedi a Deus para mandar um anjo com um pouco de leite...Você é um anjo?"
O jovem ainda pegou um pouco de dinheiro e colocou-o na mão do homem... Ele voltou-se e foi para o carro, enquanto as lágrimas corriam pela sua face...


Esta segunda história aconteceu comigo:
Era um sábado quando marquei de receber um casal de amigos na marina, não sairíamos de barco mas ficaríamos por ali relaxando, admirando a paisagem e vendo o tempo passar.

Já era noitinha e pensei em fazer alguns tira-gostos, embora já tivéssemos comido quase o dia todo. Tinha quase tudo em mãos mas me faltavam alguns utensílios de cozinha que estavam em nosso veleiro que fica a uns 100 metros do píer, amarrado em uma poita.

Coloquei nosso bote inflável na água, instalei o motor mas não consegui sair. O motor não funcionava de jeito nenhum. Retirei o motor e o coloquei no cavalete para guardar. Com o mar calmo e sem ventos resolvi ir remando mesmo. Fui, peguei as coisas que precisava e voltei a terra. Logo que cheguei à praia desci do bote puxei-o um pouco para cima e fui de encontro a minha esposa e meus amigos.

Fizemos camarão, alguns molhos diferentes, tomamos vinho e conversamos bastante. Era perto de meia-noite quando nosso amigos foram embora. Enquanto minha esposa recolhia nossas coisas eu fui preparar o bote para irmos dormir no veleiro.

Cadê o bote? Sumiu...Como?...Sem vento....O bote não estava amarrado....a maré subiu... uma leve correnteza arrastou o bote para a baía.

Desesperado peguei um caíque de apoio que fica por ali e saí remando, em pé, tentando ver alguma coisa boiando naquela escuridão. Não pude ir muito longe a correnteza tinha aumentado um pouco. Tive a idéia de utilizar meu motor naquele pequeno caíque, é, aquele motor que não funcionou. Desmontei o motor, fiz o reparo, instalei no caíque, vesti um colete salva-vidas minha esposa outro e pedi para que ela sentasse no fundo do caíque para ter mais segurança. Ela com uma lanterna na mão e eu no controle do motor, saímos a procura do bote. Não sei quanto tempo navegamos, sentados no fundo do bote encharcado "fazendo água". Vencidos pelo sono resolvemos voltar. Já eram 4:30 da manhã quando optamos em dormir em nosso carro.

às 07:00 horas já estavam chegando os barqueiros e turmas para sair com seus barcos. A todos que saíam nós comunicávamos o desaparecimento do bote. Todos se prontificando a ajudar. Ligações telefônicas para a Marinha, comunicação via rádio com barcos pesqueiros e amigos. Eu, desanimadísso, descrente. Como pode um bote inflável, novo, leve, a deriva a mais de 10 horas ser encontrado pelo dono? A todos que se ofereciam para ajudar eu agradecia mas não tomava a iniciativa de sair para procurar. Até o clube ofereceu seu barco resgate para meu uso na procura. Mesmo assim eu resisti. Onze horas da manhã, eu como uma barata tonta andando pelo píer, quando encosta o Adriano com a sua lancha e diz:

"Sobe aí, eu vou achar seu barco".

Peguei meu binóculo e saímos. A medida que navegávamos ele ia perguntando, para que lado estava o vento, para que lado estava a correnteza, se aproximava das praias e eu dava uma varrida visual com o binóculo. Quando chegamos já dentro do canal de Itacuruçá ele entrou com seu barco em uma baía, a esquerda de nosso rumo, onde seria impossível o barco ter ido,
nem pelo vento, nem pela maré. Ele parou a lancha ao lado de uma ilhota e disse:

"Eu sinto que vou achar seu barco"

Engrenou novamente a marcha a vante, demos a volta na ilhota e ele voltou a dizer:

"Olha o teu bote alí"

Estava em uma prainha com duas crianças brincado dentro dele e elas nos disseram:"foi meu tio que achou...lá no mangue...e trouxe pra cá". Aguardamos o "tio" voltar e ele prontamente nos devolveu o bote.

Era nítida a emoção do Adriano ao ter encontrado o bote, a mesma emoção que sentiu aquele jovem do leite que descobriu que quando se faz as coisas, de coração, Deus pega você pela mão e leva ao lugar certo.

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