sexta-feira, 6 de março de 2009

Capítulo IX - Amigos e Boa Vontade

Maravilha!
Temos nosso barco e um montão de coisas pra fazer.
Pedimos alguns dias para o Iate Clube até que pintássemos o fundo do veleiro para colocá-lo na água, iniciamos os orçamentos para pintura, começamos a listar os trabalhos, os materiais, os equipamentos faltantes, as melhorias.
Reformar, pintar, envernizar, substituir peças e guardar o barco. Onde?, como?, com o quê? Sim, com o quê?, se o que tínhamos era o dinheiro das férias com o qual compramos o barco. A partir daí começaram a aparecer os amigos e a nossa boa vontade.
O próprio Iate Clube nos permitiu utilizar as áreas do clube até que terminássemos a pintura do barco.
Um dos diretores, o Sérgio "maluco" nos emprestou seu "box" (transformado numa kitchinet) para dormirmos de um dia para o outro enquanto estivéssemos lá trabalhando, hoje nos ajuda com conselhos, idéias e até materiais em nossos reparos. Você já teve a emoção de ouvir de um amigo "Eu tenho maior orgulho em dizer as pessoas que sou amigo de vocês"? Pois é, isso ouvimos do Sérgio.
Um casal, O Airton e a Branca, donos de uma bela lacha cabinada, uma Cimitarra 29, tornaram-se grandes amigos nossos também.
A Branca, de coração enorme, essa não sabe o que fazer para nos agradar, principamente à Léia que também tem adoração por ela. Ele, o Airton, atualmente conselheiro do clube, também fez e faz de tudo para que nos mantenhamos no clube.
O novo comodoro, o Alex, nos concedeu, claro que também com a ajuda do Sérgio e do Airton, a possibilidade de sermos sócios temporários do Clube até que possamos, um dia, adquirir um título e, tudo o que o clube nos proporciona tem seu aval.
Uma atenção especial deve ser dada aos funcionários do Clube, mas todos mesmo, sem excessão, um a um. As duas equipes, lideradas pelo Agnaldo e pelo Anderson, são nossas companheiras diárias. Tomamos café da manhã juntos. Fazemos peixe, siris, partilhamos um almoço ou uma janta e procuramos nos ajudar. Da forma que eles nos ajudam nos sentimos também na necessidade de fazê-lo.

Optamos, eu e a Léia, em executarmos a reforma sozinhos. Apenas os serviços de fibra deixamos para um especialista que, por sinal, virou um grande amigo também. O que menos o preocupava era quanto e quando ia receber. Fizemos e estamos fazendo de tudo. Marcenaria, pintura, elétrica e tapeçaria.


Foi aí a grande surpresa e satisfação: a atuação da minha esposa, aLéia, é, a proprietária do veleiro, a sócia do Iate Clube (eu sou o dependente...) (...sempre).
Ela tem trabalhado muito. Lixando dias e dias, pintando ora o casco, ora as âncoras enferrujadas, fazendo em casa as cortinas e almofadas além de gerenciar meu trabalho, dizendo como quer as coisas afinal, éla é a comandante.

Enfim, acho que nem com dez vezes mais o dinheiro que gastamos teríamos feito o que já fizemos e tão bem feito.
Está ficando lindo!

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