"TENHO MEDO DO MAR, JAMAIS EU COLOCARIA OS PÉS DENTRO DE UM BOTE"
Mas, o prazer de pescar, o companheirismo e a confiança no que eu propunha ela aceitou. Compramos nosso bote, pela internet, de uma fábrica em Governador Valadares - MG.
Um bote de fibra de 3,5 m de comprimento e a boca (largura) ideal para poder carregar sobre o carro. Eu, preocupado com ventos ou correnteza achei melhor comprar um motorzinho de popa e, assim nasceu o Dona Vida.
Por quê "Dona Vida"?
Sempre chamei a Léia de "Vida" e meu amigo ELDER, à esquerda, sempre se referia a ela com Dna. Vida, "Como vai Dna. Vida?, Manda um beijo para Dna. Vida." e, na época que compramos o barco, precisávamos dar um nome e ele sugeriu "DONA VIDA".
Trinta anos sonhando em ter um barco e de repente ter um bote! Já me sentia um verdadeiro capitão. Saímos timidamente com ele numa praia em São Sebastião-SP pela manhã. Acho que não durou uma hora de remadas, à tarde, propus colocar o motor.
Levamos meus filhos Rodrigo e Renan, duas varas de pesca e dois puçás para pegar siris. A tarde estava linda, ventava pouco, a água estava clarinha, se via o fundo a uns dois metros de profundidade. A Léia sentada na proa, com os pés dentro d'água, o Rodrigo e o Renan ao centro e eu, na popa controlando o motor.
Pescamos muitos carapicus, algumas cocorocas e alguns siris também e, em muito pouco tempo. Adoraram a pescaria e foi esse dia o marco do "prazer pela pesca embarcada" da Léia.
"A PRIMEIRA VEZ A GENTE NUNCA ESQUECE". A Léia não via a hora de voltar para o Rio para pescarmos no canal de Itacuruçá e na baía de Guanabara. Não deu outra! A pesca no canal de Itacuruçá, que já era boa (para nós) no píer, no bote foi mil vezes melhor. Daí, foi só correr pro abraço.
Passamos a melhorar nosso bote.
Reforçamos o fundo com mais uma manta de fibra, trocamos as ferragens por inox, a Léia fez almofadas para os bancos e eu improvisei uma cobertura.
Mas, e o banheiro?!
Bem, improvisamos também, no bote. Criamos um vaso sanitário no bote, um furo oval no banco central do bote, um balde e um acento original almofadado e tudo. Graças a Deus não precisamos usá-lo. Pra falar a verdade, 1 vez, em Itacuruça, pra fazer xixi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário