quinta-feira, 5 de março de 2009

Capítulo III - O Bote (Duplo Sentido)

O gosto pela pesca foi aumentando, querendo conhecer novos lugares, pegar peixes maiores e o principal " a linha não enroscar nas pedras nas costeiras". Foi aí que eu sugeri a compra de um bote. Seria a única forma de se distanciar das pedras, pescar num lugar mais profundo, sem enroscos, buscar peixes maiores.

"TENHO MEDO DO MAR, JAMAIS EU COLOCARIA OS PÉS DENTRO DE UM BOTE"

Mas, o prazer de pescar, o companheirismo e a confiança no que eu propunha ela aceitou. Compramos nosso bote, pela internet, de uma fábrica em Governador Valadares - MG.


Um bote de fibra de 3,5 m de comprimento e a boca (largura) ideal para poder carregar sobre o carro. Eu, preocupado com ventos ou correnteza achei melhor comprar um motorzinho de popa e, assim nasceu o Dona Vida.


Por quê "Dona Vida"?

Sempre chamei a Léia de "Vida" e meu amigo ELDER, à esquerda, sempre se referia a ela com Dna. Vida, "Como vai Dna. Vida?, Manda um beijo para Dna. Vida." e, na época que compramos o barco, precisávamos dar um nome e ele sugeriu "DONA VIDA".

Trinta anos sonhando em ter um barco e de repente ter um bote! Já me sentia um verdadeiro capitão. Saímos timidamente com ele numa praia em São Sebastião-SP pela manhã. Acho que não durou uma hora de remadas, à tarde, propus colocar o motor.


Levamos meus filhos Rodrigo e Renan, duas varas de pesca e dois puçás para pegar siris. A tarde estava linda, ventava pouco, a água estava clarinha, se via o fundo a uns dois metros de profundidade. A Léia sentada na proa, com os pés dentro d'água, o Rodrigo e o Renan ao centro e eu, na popa controlando o motor.





Pescamos muitos carapicus, algumas cocorocas e alguns siris também e, em muito pouco tempo. Adoraram a pescaria e foi esse dia o marco do "prazer pela pesca embarcada" da Léia.



"A PRIMEIRA VEZ A GENTE NUNCA ESQUECE". A Léia não via a hora de voltar para o Rio para pescarmos no canal de Itacuruçá e na baía de Guanabara. Não deu outra! A pesca no canal de Itacuruçá, que já era boa (para nós) no píer, no bote foi mil vezes melhor. Daí, foi só correr pro abraço.

Passamos a melhorar nosso bote.

Reforçamos o fundo com mais uma manta de fibra, trocamos as ferragens por inox, a Léia fez almofadas para os bancos e eu improvisei uma cobertura.
Mas, e o banheiro?!
Bem, improvisamos também, no bote. Criamos um vaso sanitário no bote, um furo oval no banco central do bote, um balde e um acento original almofadado e tudo. Graças a Deus não precisamos usá-lo. Pra falar a verdade, 1 vez, em Itacuruça, pra fazer xixi.

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